A ansiedade de separação é algo já previsto no desenvolvimento infantil.
Alguns exemplos são quando o bebê chora ao ser retirado do colo da mãe. Ou a reação emocional de crianças pré-escolares no primeiro dia de aula.
A ansiedade, como se vê, se mostra presente desde a infância.
No entanto, quando o medo de separação atinge níveis elevados que perturbam a rotina da criança ou de seus familiares pode trazer prejuízos ao desenvolvimento infanto-juvenil.
Este transtorno é caracterizado pela vivência de ansiedade excessiva em função do afastamento de casa ou de figuras de apego e vínculo.
Cabe destacar que a reação emocional exagerada diante do afastamento dos pais é esperada no desenvolvimento de crianças pré-escolares.
Geralmente, motivada pela insegurança gerada pela ausência dos cuidadores.
A ansiedade de separação e a ansiedade diante de estranhos costumavam ser consideradas como marcos no desenvolvimento emocional e cognitivo.
Dentre os sintomas possíveis estão:
- Sofrimento excessivo e recorrente diante da ocorrência ou iminência de afastamento;
- Preocupações persistentes e excessivas acerca de perigos envolvendo os pais ou a si mesmo;
- Recusa ou resistência a ir desacompanhado para a escola ou outros locais; temor em ficar sozinho em casa;
4. Repetidas queixas de sintomas somáticos quando a separação de figuras importantes de vinculação ocorre ou é prevista; - Pesadelos repetidos envolvendo a possibilidade de separação.
Algumas recomendações para prevenir o Transtorno de Ansiedade:
- Desde cedo, diante dos afastamentos dos pais, estes devem sinalizar para onde irão e quando devem retornar, porém, com uma certa “margem de erro”.
- Recomenda-se que a despedida seja algo natural.
- Alguns pais, em momentos de irritação, podem ameaçar o abandono do lar diante do comportamento inadequado da criança visando a diminuição da frequência deste. Em brigas conjugais, esta fala também é comum. Diante de crianças ansiosas, então, não se recomenda este tipo de verbalização, pois ela provoca ansiedade e deixa a criança alerta quanto à possibilidade deste perigo.
- Elimine estímulos ambientais que possam remeter aos perigos sociais: evite assistir jornais diante dos filhos, supervisione o que estes estão vendo na internet e os assuntos das rodas de amigos.
- Incentive o brincar, o contato com os colegas e o lazer.
- Diante do medo da criança ou adolescente, jamais afirme a sua invulnerabilidade a eventos como doença, morte ou mazelas sociais, apenas mude o foco, apontando as evidências que não favorecem o perigo.